domingo, 30 de maio de 2010

DOCES - Bolo de Fubá com banana


Esse é o bolo que Ana, Chistian e Clara ofereceram para degustação na nossa feirinha em comemoração à VI Semana do Orgânico em Niterói.
Ana nos conta: "Essa receita eu consegui em São Bento do Sapucaí/SP com uma senhora,
merendeira de uma escola - moradora tradicional da cidade, que passou a receita para minha mãe. Na receita original usava-se 2 copos de açúcar branco e 4 ovos ("prá engordá a moçada e dá sustância pra trabaiá"). Mas como hoje em dia a rotina diária não é mesma e sabemos todos os efeitos dos agrotóxicos e do açúcar para o nosso organismo, troca-se o açúcar branco pelo mascavo e, de preferência, pelo orgânico, assim como o fubá orgânico e ovos caipira (apesar do fubá ainda ser feito na própria roça nas cidades do interior). Também aproveita-se as bananas quando todas amadurecem ao mesmo tempo.
Com o tempo, foi feita uma adaptação da receita tradicional pela minha mãe e posteriormente por mim!

BOLO DE FUBÁ COM BANANA

Ingredientes
2 copos (americano) de fubá orgânico
1 copo e meio de açúcar mascavo orgânico
2 copos de leite integral
1/2 copo de óleo
3 ovos caipira
1 colher de sopa de fermento
canela em pó

Preparo
Numa panela despeje o fubá, o açúcar, o leite e o óleo. Cozinhe em fogo baixo até soltar do fundo da panela (como um mingau). Deixe esfriar.
Bata claras em neve e depois acrescente à elas as gemas. Acrescente as claras ao mingau já frio.
Coloque uma pitada de canela e depois o fermento. Corte bananas em fatias bem finas e decore o bolo acrescentanto mais canela. Asse por mais ou menos meia hora.

Observação minha: Se for fazer essa receita com constância sugiro usar maçã ao invés de banana. Se quiser saber porque vá em dicas, lá tem algo sobre bananas e espinafre cozidos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

DICAS - Aipim

AIPIM
Vi reclamações sobre aipim.
Saibam que aipim tem época e como dizia minha avó:
Aipim bom só em mês que não tem erre!!! Ou seja, maio, junho, julho, agosto. Nos outros meses será sempre aipim aguado.
Toma sabedoria popular!
Abraços, Cristina (Produtora de Seropédica).

Dario, do Núcleo de Vila Isabel, acrescenta que em último caso, se ele estiver duro demais, é só botar pra congelar e depois cozinhar.

Dona Jurema, do sítio de Itaboraí que visitamos, também nos disse que, ao colher a mandioca, se ela for jogada, fica ruim.

Pra mim, esse aipim da foto é o que acho bom.

Acrescentei outras informações que encontrei na Internet.
As melhores mandiocas para consumo devem ser as médias, com uns 3 cm de diâmetro. As finas são difíceis de manuseio.
Ao descascarem uma dessas finas, não sobrará muito depois.
Para saberem se a mandioca está velha, podre, até mesmo mofada, cortem ao meio. Nem que seja na pontinha. Se estiver tudo branquinho, sem nenhum ponto escuro, deve estar boa.
Só que, mesmo assim, quando a gente leva pra casa a mandioca, aí é que vamos descobrir como ela é no seu intimo.
Desta forma, procurem sempre ter mais mandiocas do que o que é necessário para suas necessidades. Pelo menos, umas três ou quatro.
O período de safra da mandioca vai de janeiro a julho.
Para você saber se a mandioca é boa, na hora da compra espete-a com a unha, se ela furar sem dificuldade, sinal que é boa.
A mandioca é de origem brasileira e desde quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil a mandioca já era apreciada pelos índios que viviam por aqui.
Sendo originária do Nordeste e das regiões centrais do país, o Brasil é o maior produtor mundial da mandioca.

LENDA DO MANDI
Conta-se que um casal de índios esperou muito tempo a chegada de uma filha mulher.
Quando a menina nasceu, deram-lhe o nome de Mandi, que significa “Branca” , por ter nascido com a pele muito clara.
Um dia, ela ficou muito doente e morreu, apesar de tentarem tudo para salvá-la. Seus pais resolveram enterrá-la no centro de uma oca para que pudessem estar sempre perto de seu corpo. Choraram tanto sobre o túmulo da menina que nasceu ali uma planta. Sua raiz era clara como a pele da Mandi, então eles batizaram a planta de mandioca.

Fonte: http://ultrapassandobarreiras.blogspot.com/

Hoje lendo o comentário de Dila falando sobre a macaxeira que dá boa em Maceió o ano todo, lembrei da música de Djavan, que gosto muito, Farinha. Me deu vontade de ouvi-la, cantá-la e fiquei com vontade de tê-la aqui no blog para o meu deleite e de todos que gostam da música e do autor. Vamos ver se isso dá certo.

Para quem quiser cantar aí vai a letra da música.

Farinha (Djavan)
A farinha é feita de uma planta da família das
euforbiáceas, euforbiáceas
de nome manihot utlíssima que um tio meu apelidou de macaxeira
e foi aí que todo mundo achou melhor!...
a farinha tá no sangue do nordestino
eu já sei desde menino o que ela pode dar
e tem da grossa, tem da fina se não tem da quebradinha
vou na vizinha pegar pra fazer pirão ou mingau
farinha com feijão é animal!
o cabra que não tem eira nem beira
lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira
a macaxeira é popular é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá
e em tudo que é farinhada a macaxeira tá
você não sabe o que é farinha boa
Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas


domingo, 23 de maio de 2010

SALGADAS - Palmito in natura

Recebi a notícia de que teríamos o palmito da Coopagé na Rede e pensei que era palmito em conserva.
Quando descobri que era o in natura, gelei!
Quer dizer então que eu teria que pegar aquela haste, descascar, cozinhar etc...
Ai! Só de pensar já desanimava!
Fui procurar receitas para prepará-lo, pois nunca havia comido nem visto ninguém preparar.
Descobri que, com casca, dizem que ele vem em tolete.
O palmito, que por definição, é uma folha que não se desenvolveu por completo, tem um processo delicado de crescimento: fica enrolado dentro do caule da palmeira, em camadas, até que a natureza o faça emergir.
Ao contrário das palmeiras juçara e açaí, a vantagem da pupunheira é que, depois de extraído o palmito, a pupunheira se regenera e brota novamente, em processo semelhante ao de bananeiras.
Com isso, ganha força a cultura da pupunheira como opção de fornecimento de palmito sem que se tenha que por abaixo a palmeira.

Sábado, na Feira em comemoração a VI Semana do Alimento Orgânico, no Núcleo de Niterói, provei o palmito cru que veio da Coopagé (já descascado, para minha alegria) e achei muito gostoso. Hoje (terça-feira) comi cru na salda e preparei um pouco cozido, como manda a receita. Deixei cozinhar por 30 minutos. Achei que ficou muito bom. Coloquei um pouco de sal e limão a mais, então acrescentei um pouco mais de água ao caldo que restou, coloquei em um vidro e levei à geladeira.




PALMITO IN NATURA

Processo para o palmito in natura conservar-se por 3 semanas ou mais em geladeira e aproximar-se do paladar tradicional da conserva.

Ingredientes
água (um pouco menos de 1 litro)
300g de palmito
vinagre ou limão
sal

Preparo
Use mais ou menos 1 litro de água (para 300g), adicionando limão até sentir seu gosto na água. Coloque sal e ferva até ficar macio ao toque do garfo. Espere esfriar e leve à geladeira com a água da fervura. Servir, de preferência gelado.
Obs.: o limão pode ser substituído pelo vinagre

Receita adaptada de http://www.palmitock.com/

SALGADAS - Palmito in natura Cru Desfiado, Palmito na Braza e Palmito assado

PALMITO IN NATURA CRU DESFIADO
Ingredientes
palmito
água
limão
azeite
salsinha
sal

Preparo
Passe o palmito num ralador de batata palha no sentido do comprimento, para obter um aspecto desfiado.
Mergulhe por 20 min em água com leve sabor de limão. Escorra e adicione azeite de oliva e salsinha picada.
Sal a gosto.

Fonte: http://www.palmitock.com/

PALMITO NA BRASA
Ingredientes
1 pedaço de palmito in natura (com casca)
Alecrim
Azeite
sal a gosto

Preparo
Prepare a churrasqueira com uma boa brasa. Embrulhe o palmito no papel laminado e coloque
na grelha por aproximadamente 02 horas, virando o palmito a cada 30 minutos. Depois desembrulhe o palmito
e deixe-o na grelha por mais uns 30 minutos, ou até que a casca comece a escurecer e a soltar do palmito.
Neste momento, enfie a faca no fundo do palmito, se estiver mole, já está no ponto de tirar do fogo. Parta o
palmito ao meio e corte-o em pedaços, coloque azeite, sal e o alecrim e está pronto para servir.

Fonte: http://nacozinha.wordpress.com/



PALMITO ASSADO
Ingredientes
1 pedaço de cerca de 40cm de palmito pupunha fresco
azeite
sal
recheio a gosto
açafrão
cheiro-verde
molho bechamel

Preparo
Cortar o palmito ao meio, no sentido transversal, besuntado com uma emulsão de sal e azeite. Levar ao forno à 250 graus,
coberto por papel alumínio. Em uma panela fazer um refogado para o recheio de sua preferência temperado com cúrcuma
(açafrão da terra), salsa, cebolinha e sal. Com meia hora de forno, retirar o palmito do forno e o cobrir com o recheio.
Por cima, um pouco de molho bechamel. Deixar no forno por mais uma hora.

Adaptado da fonte: cozinhapequena.com/?p=327

domingo, 16 de maio de 2010

DICAS - Queijo Parmesão

Diante dos problemas ocorridos com o queijo parmesão na nossa última entrega, resolvi postar hoje as orientações que o Paulo Bittar (nosso produtor de queijos) me enviou uma vez em que tivemos um problema aqui em Niterói. Espero que seja útil a todos!

CONSERVAÇÃO DO QUEIJO PARMESÃO

A durabilidade do parmesão vai estar muito ligada ao tipo de maturação (baby, meia cura ou curados), ao tamanho dos queijos (forma interira fechada ou pedaços partidos) e à estação do ano (quantidade de umidade no ar e temperatura ambiente).
Se for baby, que possui muita umidade na sua massa, a durabilidade é menor. Ao passo que o de longa maturação de um ano (LM1) já está bem sequinho, portanto vai ter uma durabilidade bem maior.
Se eles (qualquer tipo) foram para a geladeira, vão ter uma conservação mais longa, porém vão secar um pouco e ficarem mais duros.
Se ralados, podem ser congelados (freezer ou congelador) sem perderem suas características
originais de sabor e textura por muitos meses, já testei até 12 meses sem problemas.
Porém é importante lembrar que uma ou duas horas antes do uso, dependendo da temperatura
ambiente (verão ou inverno), deve-se tirá-los para aclimatação, porque teoricamente nenhum
queijo fica gostoso gelado!
Se aparecer algum mofo na casca do queijo, é só lavá-lo com água corrente e uma escovinha de nylon. Depois deixar secar ao natural e/ou usar papel toalha. Normalmente só cocorrem mofos superficiais (na casca), porém se o queijo já estiver partido e apresentar alguns buracos (olhaduras) naturais típicas do parmesão, faça um exame mais detalhado se não há alguma
infestação interna que precise ser removida e descartada.
Finalmente, podemos arriscar a dizer que de novembro a março (no sudeste brasileiro),
teremos uma conservação ao natural mais dificultada por conta do calor e da umidade alta.
No mais, sugiro que ao comprar uma peça ou pedaço de parmesão, decida por ralar uma parte e reservar outra para degustação em lascas, lâminas ou cubos.
E bom apetite!

POR PAULO BITTAR - PRODUTOR DA FAZENDA BELA VISTA (MG)

Eu tive esse problema com o mofo, fiz como ele sugeriu, sequei com a toalha e deixei secando um pouco ao natural também e eles ficaram ótimos. Comemos sem nenhum problema.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

APROVEITAMENTO DE FOLHAS, TALOS E OUTROS - Geleia de Casca de Tangerina


Minha avó fazia licor com as cascas de tangerina e ficava muito bom!
Vou ver se consigo resgatar a receita.
Hoje fiquei muito contente pois recebi a receita abaixo de Inny!

"Olá Rosangela!!

Agora que na Rede temos tangerinas, tenho feito uma receita que é uma delícia e aproveita a casca da tangerina: a Geleia de Tangerina.
Desta forma, diminuímos a quantidade de lixo!
Eu como os gomos da tangerina, com as folhinhas que vêm no talo eu faço um chá (delicioso!) e com a casca, eu faço a Geleia!!

Aí vai a receita super simples:

GELEIA DE TANGERINA
Ingredientes
cascas da tangerina
água
açúcar mascavo orgânico

Preparo
Juntar na geladeira as cascas da tangerina em um pote com água. Trocar a água, desta forma, tira o amargo da casca. Quando já tiver uma boa quantidade de cascas de tangerina, jogar aquela água fora. Colocar as cascas em uma panela com um pouco de água nova, para cozinhar em fogo baixo, até as cascas ficarem bem macias. Quando as cascas estiverem macias, desligar o fogo, jogar a água fora e esperar esfriar um pouco. Em seguida, cortar as cascas em tirinhas ou batê-las no liquidificador, dependendo da consistência que quer dar à sua geleia.
Em uma panela, colocar um pouco de açúcar mascavo orgânico, um pouquinho de água e as cascas de tangerina (as medidas vão depender da quantidade de cascas que tiver juntado).
Deixar em fogo baixo, até ganhar uma certa homogeneidade e prontinho!! É só esperar esfriar e se deliciar!

terça-feira, 4 de maio de 2010

SALGADAS - Maionese Verde e Molho Branco

Fazendo uma limpeza na minha caixa de e-mails, encontrei essas receitas que Mariana me enviou já tem um tempo e que acabei deixando passar.
Ela me diz o seguinte:
"Aproveito para passar duas receitas com tofu daquelas cartelinhas da Couzinharte que
são ótimas para substituir maionese, requeijão e creme de leite."



MAIONESE VERDE

Ingredientes

* 1 tofu pequeno (270g)
* 5 talos de salsa inteiros (5g)
* 5 talos de cebolinha inteiros (15g) -tirar apenas a raiz
* 1 colher de sobremesa de suco de limão (4ml)
* 1 colher de sopa de azeite extravirgem (8ml)
* 1 colher de café de sal

Preparo
Prensar o tofu para retirar o excesso de água.
Colocar todos os ingredientes no liquidificador e bater muito bem, até ficar um creme liso, na consistência de maionese.
Se necessário, colocar um pouco de água para facilitar o trabalho do liquidificador.
Colocar no máximo 2 colheres de sopa de água, para que não perca o ponto.

Comentário da cartela: “A maionese à base de tofu e temperos verdes, além de mais
saudável que a versão original das maioneses, é saborosa e de fácil digestão,
podendo ser utilizada em várias outras preparações, inclusive em pães e torradas.”

Acompanha muito bem salada crua e sem os temperos verdes vira uma base neutra
para receber outros temperos.



MOLHO BRANCO

Ingredientes
* 1 tofu pequeno (270g)
* 3 colheres de sopa rasas de aveia em flocos finos (20g)
* 4 colheres de sopa de azeite (32ml)
* 1 colher de sopa de suco de limão (7ml)
* ½ xícara de chá de água (100ml)
* ½ cebola média (50g) picada
* 1 colher de sobremesa de azeite (5ml)

Preparo
Bater no liquidificador o tofu, a aveia, o azeite (2 colheres de sopa), o suco de limão e a água.
Refogar a cebola no azeite (1 colher de sobremesa).
Acrescentar a mistura do liquidificador e mexer até obter um ponto de molho branco.
Se necessário, acrescentar um pouco mais de água.

Comentário da cartela: “...o molho não leva leite e ainda é enriquecido com as fibras
e o poder da aveia de tonificar a energia...”

"Uso em diversas receitas, sempre que preciso de molho branco, quente ou frio. "

Fonte: livro Couzinharte de Ana Beatriz Vieira Pinheiro